DOR AO INGERIR ALIMENTOS GELADOS É CÁRIE OU SENSIBILIDADE DENTÁRIA?
Sorvete na praia? Nem pensar. O cafezinho após as refeições também é dispensado. E não adianta oferecer um chocolate na sobremesa. Quem ouve pensa ser alguma dieta restritiva, mas na verdade são medidas protetoras contra a hipersensibilidade dentinária – popularmente conhecida como sensibilidade dentária ou dentes sensíveis. Quem tem o problema tende a evitar alimentos com uma destas características: gelado, quente ou doce.
A dor ao ingerir alimentos gelados pode ser causada por cárie ou sensibilidade dentária. É necessária uma avaliação clínica e visual do cirurgião dentista para o correto diagnóstico.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE CÁRIE E SENSIBILIDADE DENTÁRIA?
A cárie é um problema bucal que acontece sempre que as bactérias presentes na boca se alimentam dos açúcares que consumimos e se depositam em alguma parte do dente conseguem através dos ácidos que produzem penetrar cada vez mais na dentina, isso acontece principalmente quando não há a limpeza adequada bucal, estimulando o acúmulo da placa.
Para identificar a presença desta complicação, é necessário somente analisar a parte superior dos dentes. A cárie, geralmente, se caracteriza por manchas brancas ou escuras acompanhada de cavidades, ou seja, cavidade nos dentes .
Ainda Brännstrom (1974), afirma que a hipersensibilidade é dada através das mudanças ocorridas na morfologia do dente e também pôr fatores psicológicos e neurofisiológicos, desde modo, não é facil diferenciar uma sensibilidade normal de uma hipersensibilidade
A sensibilidade dentária, por outro lado, não se expressa na aparência dos dentes. Mas, ela normalmente está associada a outros problemas. Pode ser por retrações gengivais, desgaste no dente, bruxismo, entre outros , lista. 
Esse quadro é caracterizado por dores sempre que o paciente ingere alimentos ou bebidas doces, ácidos, muito gelados ou quentes, comprometendo toda a experiência de comer um bolo de chocolate de sobremesa.
Jenson (1964) descreve que a cada quatro pacientes um apresenta os sintomas de hipersensibilidade dentinária.
Esta dor foi definida por Lindhe (1988) como sendo aguda, súbita e de curta duração, podendo impedir a manutenção dos hábitos de higiene bucal, pois até o toque da escova pode causá-la.
Teorias da Hipersensibilidade Dentinária
Existem diversas teorias sobre a hipersensibilidade dentinária , a teoria mais aceita atualmente é a teoria hidrodinâmica, que propõe que a hipersensibilidade dentinária é devida a um movimento mínimo no interior do túbulo, causando assim uma pressão no odontoblasto e a estimulação das fibras nervosas adjacentes.
Os fatores que regulam a transmissão hidráulica na dentina estão relacionados com o comprimento, o número e o raio dos túbulos. De acordo com a lei de Porsseville, o movimento de fluido é diretamente proporcional ao raio do túbulo, elevado à quarta potência. Assim sendo, pequenas modificações no raio tubular geram grandes modificações no grau de movimento do fluido, estimulando as fibras nervosas e provocando a dor.
TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA
Primeiramente temos que ter o diagnóstico do que está causando a sensibilidade dentinária , Nos casos de retração gengival, tenta-se cirurgias periodontais, aplicações de laser, além de orientação ao paciente quanto à técnica de escovação e controle nos hábitos alimentares.
- Usar pastas de dentes para sensibilidade
- Aplicação em consultório dessensibilizante a base de nitrato de potássio e fluoreto de sódio
- Restauração de lesões cervicais expostas
- Aplicação de lasers cirúrgicos no selamento dentinário.
